Em sua fala, Cleitinho destacou os cortes severos em programas essenciais como o Farmácia Popular e bolsas de estudo. ‘Nunca se arrecadou tanto neste país com o tanto de imposto que a população tem que pagar. Todo dia, um imposto a mais. Falta de dinheiro não é’, enfatizou. Essa redução orçamentária afetou significativamente a distribuição de medicamentos, com o Farmácia Popular perdendo cerca de 20% dos seus recursos. Por outro lado, o Ministério da Saúde defende que o programa foi intensificado durante o governo Lula, e que os cortes não prejudicam o planejamento da pasta.
**Reajuste de Servidores e Risco de Greve**: Outro tema de discórdia entre o governo e o senador é o reajuste salarial dos servidores públicos. Na véspera do discurso de Cleitinho, o presidente Lula admitiu o risco de greve no setor público federal. Paralelamente, a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, estava em negociações com representantes das categorias afetadas.
Cleitinho também rebateu a narrativa de que o país está financeiramente comprometido, descrevendo-a como ‘conversa fiada’. ‘O dia que eu ver esse país quebrado, será o dia que verei o salário do presidente Lula atrasado, assim como dos senadores e governadores. Até na pandemia, quando mandaram fechar tudo, o salário ficou em dia’, declarou, reforçando sua posição de que os recursos existem, mas são mal administrados.
Essas declarações do senador mineiro inserem-se em um contexto mais amplo de preocupações com a gestão fiscal do governo e a alocação de recursos em áreas vitais como saúde e educação. A discussão no Senado reflete as tensões e desafios enfrentados na implementação de políticas públicas eficazes em um cenário de restrições orçamentárias.